Álcool em gel antisséptico e prevenção de doenças

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Se você chegou a esse texto devido ao tema da pandemia da COVID-19, causada pelo coronavirus SARS-Cov-2, clique aqui e leia esse texto mais atual sobre como preparar álcool em gel e todas as dicas essenciais para isso.

Além do surto de pessoas infectadas pelas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o número de casos da Influenza A, causada pelo vírus H1N1, aumentou demais entre janeiro e março. Só o Estado de São Paulo registra um aumento de 150% comparado ao mesmo período de 2015.

A dificuldade de diferenciar a gripe causada pelo H1N1 de outra gripe leva a morosidade no tratamento. A preocupação maior é a Síndrome Respiratória Aguda Grave, que tem levado as pessoas a óbito. Os sintomas são: falta de ar, desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória e queda de pressão.

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A higienização das mãos com água e sabonete com frequência, principalmente após tossir, espirrar e ter contato com superfícies, onde o vírus da gripe pode permanecer vivo por até oito horas. A higienização também é recomendada antes de comer e depois de ir ao banheiro.

A embalagem ideal para álcool em gel evita o contato direto das mãos com o produto.
Foto: Keerati / FreeDigitalPhotos.net

Como formular álcool em gel antisséptico para as mãos

A concentração alcoólica indicada do produto deve ser entre 68 e 72° INPM (77° GL) para matar bactérias e vírus. Se a concentração for mais alta, o álcool perde sua função microbicida, pois ocorrerá apenas a desidratação da célula sem a destruição do microrganismo.

É importante a utilização do álcool gel que contenha em sua composição substâncias que evitam o ressecamento da pele, ou seja emolientes, umectantes e hidratantes.

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Gel antimicrobiano para as mãos

Componentes Percentual
Fase A
Carbomer 0,50 %
Água deionizada q.s.p. 100 %
Aminomethyl Propanol 0,20 %
Corante q.s.
Fase B
Etanol q.s. 70° INPM
Cocoato de glicerila 7EO 1,00 %
Lanolina 75EO 2,00 %
Polietilenoglicol 1,00 %
Mentol 0,10 %
Fragrância q.s.

 

Preparação: Dispersar o carbomer na água sob agitação por 30 minutos e adicionar o Aminomethyl Propanol para neutralizar até pH desejado. Adicionar o corante. Misturar os componentes da fase B e adicionar sobre a fase A, sob agitação.

Gel Antisséptico para as mãos

Componentes Percentual
Fase A
Carbomer 0,30 %
Água deionizada q.s.p. 100 %
Etanol 40,0 %
Fase B
Isopropanol 10,0 %
Glicerina 5,00 %
D-Pantenol 0,20 %
Ciclometicone 0,50 %
Fase C
Fragrância q.s.
Corante q.s.
Trietanolamina q.s.p. pH 6 a 7

 

Preparação: Dispersar o carbomer na água sob agitação por 30 minutos e adicionar o etanol. Misturar os componentes da fase B e adicionar sobre a fase A, sob agitação. Adicionar a trietanolamina e corrigir pH para 6 a 7.

As formulações são sugestivas e necessitam ser testadas clinicamente para terem comprovação de sua eficácia.

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Água e sabão que tem por finalidade a remoção das sujidades e flora transitória (microrganismos adquiridos no contato com o ambiente) são grande aliados para higienização das mãos e no caso da eliminação exclusiva de bactérias (sanitização), as soluções alcoólicas são mais potentes, mas só podem ser utilizadas caso as mãos estejam limpas, sem qualquer sujidade visível.

Dada à importância da higienização e sanitização das mãos, é indispensável orientarmos corretamente a utilização do álcool em gel, pois já que sugerimos como formular, indicamos também o modo correto de utilização do álcool gel (clique aqui)

Referências bibliográficas:
Editora Abril – Lavar as mãos ou utilizar álcool em gel ?
Portal R7 – Casos de H1N1 em 2016 (jan-mar)
Guideline of Disinfecttion – °INPM ou GL bactericida

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Por João Victor Dalaneze

Redator. Químico e Especialista em produtos capilares pelo Instituto Manchester Paulista de Ensino Superior do grupo Veris Faculdades. Especialista em Legislação Ambiental e Sanitária pelo SENAC/SP. Pós-graduado em Gerenciamento de Projetos pelo SENAC/SP e MBA em Cosmetologia pelo IPUPO.