Seja para fins de diagnóstico ou de tratamento estéticos, eles estão chegando com tudo! Já são um sucesso no mercado asiático e aos poucos vêm ganhando os consumidores brasileiros. Mas será que estes aparelhos de uso domiciliar são um complemento à rotina de cuidados de beleza ou uma ameaça ao mercado cosmético?
A resposta para esta pergunta só o tempo pode nos dar. Por enquanto, o que mais se observa é a associação de aparelhos de beleza com produtos cosméticos. No entanto, é possível encontrar no mercado (especialmente fora do Brasil), aparelhos que reivindiquem resultados melhores que os oferecidos pelos cosméticos. Por exemplo, o Age Defying Laser da Tria Beauty clama que “89% dos usuários afirmam que o aparelho é capaz de deixar suas peles com uma aparência melhor que qualquer outro produto”.
Numa vertente mais preventiva, esses aparelhos mostram-se úteis para diagnosticar as condições da pele e dos anexos. É possível verificar o estado de conservação dos cabelos ou mesmo prever o surgimento de uma acne. A Sony, por exemplo, vem desenvolvendo a tecnologia SSKEP (do inglês, Programa de Avaliação Smart Skin). Trata-se de uma adaptação de câmera digital em que o sensor de luminosidade é capaz de detectar a luz visível e os raios infravermelhos emanados da pele, a fim de analisar a textura, o brilho, a cor, a abertura dos poros ou mesmo detectar pigmentos incrustados na pele, que eventualmente poderão formar comedões ou outras afecções. O diagnóstico obtido com esses aparelhos propicia a escolha de um tratamento cosmético personalizado para aprimorar a qualidade e o aspecto da pele e de seus anexos.
Já numa vertente mais reativa, esses aparelhos têm sido utilizados para proporcionar ao consumidor a obtenção de resultados profissionais no conforto do lar. É possível estimular a produção de colágeno e reduzir linhas finas e rugas; combater a inflamação causada pela acne; estimular e relaxar os músculos da face e do abdômen; acelerar a renovação celular etc. Se engana quem pensa que estas tecnologias estão muito distantes da realidade brasileira. A DMC Equipamentos, empresa localizada em São Carlos no interior de SP, desenvolveu o Acne Light. Este aparelho possui LED emissor de luz azul (470 nm), a qual interrompe o desenvolvimento da bactéria promotora da acne (Propionibacterium acnes), atenuando a gravidade do processo inflamatório e reduzindo o aparecimento de cicatrizes acnéicas. Segundo a fabricante, o Acne Light foi o primeiro aparelho estético de uso doméstico feito no Brasil a ser registrado na ANVISA.
Na verdade, diversas são as tecnologias que podem ser exploradas por esses aparelhos, seja para diagnóstico ou tratamento. Neste post, por exemplo, falamos da emissão de luz visível, de laser e de infravermelho, mas há também aparelhos que exploram a temperatura, outras ondas, microagulhas, efeitos mecânicos etc.
Concorrência ou não, o fato é que têm surgido linhas e linhas de produtos cosméticos criadas especificamente para acompanhar o uso de um aparelho de beleza portátil. Além de prometer resultados tão eficientes quanto os cuidados de um esteticista ou cabeleireiro, os aparelhos de uso doméstico representam um meio de economizar (quer dizer, reduzindo os gastos nos salões e spas), bem como oferecem maior conveniência ao usuário, que não precisa marcar horários ou enfrentar filas de espera.
Agora, a equipe do Cosmética em Foco quer saber: você já experimentou algum desses aparelhos de beleza? Ficou satisfeito com os resultados? Será que estamos diante de uma disrupção no setor cosmético?