Brasil na crista da onda

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Apesar do baixo desempenho comercial de 2013 (leia a notícia aqui), o Brasil está mesmo em alta pelo mundo afora. Apesar do natal de 2013 ter sido o pior dos últimos 11 anos, o setor cosmético não teve um desempenho tão ruim quanto outros setores (leia a notícia aqui).

Segundo dados da Abihpec, a indústria cosmética Brasileira cresceu apenas 3,3% em 2013. Isso após estar habituado a crescer 2 dígitos a cada ano. Uma das causas atribuídas a esse fraco crescimento foi a falta de pessoal na Anvisa, o que acaba atrasando a liberação de registros de novos produtos. Na última semana, a Anvisa divulgou a posse de 130 profissionais e a nomeação dos aprovados no concurso (leia a notícia aqui). Também anunciou um novo sistema de registro e notificação dos produtos – teremos um post só sobre isso em breve.

Essa notícia nos deixa alerta, justamente por estarmos em um ano importante para o Brasil. Além da Copa do Mundo da FIFA, evento suficiente para nos colocar sob todos os holofotes, a área cosmética comemorou após a confirmação da realização da primeira versão latino-americana da internacionalmente respeitada feira de insumos in-cosmetics. Na versão europeia do evento, a Abihpec em parceria com a Beraca haverá toda uma programação dedicada ao nosso país, suas peculiaridades, ingredientes, cultura, comportamento, enfim um verdadeiro cartão de visitas. Clique aqui para ver o que espera os visitantes da in-cosmetics, nos dias 1 a 3 de abril em Hamburgo na Alemanha.

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Somos o terceiro maior mercado mundial de cosméticos. Fomos o mercado de maior crescimento da gigante L’Oréal em 2013, cujo faturamento aqui foi de R$ 2,2 bilhões. e recentemente foi anunciado o nascimento de mais um bilionário do setor cosmético brasileiro pela Forbes (clique aqui para ler a notícia). E inúmeros outros estão por vir, pois ainda estamos em amplo crescimento, apesar do tropeço de 2013. Esse ano será um bom medidor de desempenho, pois se com tanto destaque mundial especificamente relacionado a cosméticos, temos um bom ano pela frente.

Opinião do autor: de fato, já é sabido que o número de técnicos na Anvisa é insuficiente para analisar todos os processos de registros protocolados anualmente. No entanto, a grande maioria dos lançamentos é de produtos de grau de risco I – que têm processo simplificado de notificação na Anvisa, logo não dependem de análise e avaliação prévias pelos técnicos da agência. Então a entrada de novos técnicos vai ajudar nos processos de registro dos produtos de grau de risco II, os quais dependem de análise prévia. No mais, temos que aprender a dar menos desculpas e mais soluções. O Brasil está na boca do mundo há bastante tempo e de certo muitas empresas só acordarão para isso agora e vão correr para lançar novos produtos para a Copa da FIFA… então repito a questão de sempre: se já sabemos que a Copa e as Olimpíadas acontecerão no Brasil há mais de 4 anos, a culpa dos atrasos é de quem? Falta planejamento nas empresas e não é apenas nas pequenas.

Fontes:
Anvisa
Cosmetics Online
Cosmetics Online
Forbes
Ig Economia
In-cosmetics
Veja Online

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Por Gustavo Boaventura

Criador e Diretor de Conteúdo. Farmacêutico Industrial pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Especialista em Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos Cosméticos. Mestre em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com foco no consumo de cosméticos masculinos. Bacharel em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Experiência em Pesquisa & Desenvolvimento de produtos capilares. É o idealizador e criador do Cosmética em Foco e escreve desde 2007.