O sol é responsável pelo desenvolvimento e pela existência contínua de vida no planeta terra, pois seus raios infravermelhos nos aquecem e o espectro de luz visível, essencial para a fotossíntese, é que nos permite ver. No entanto, os raios ultravioleta (UV), que compreendem aproximadamente 7% de toda a radiação solar terrestre, são amplamente responsáveis pelos efeitos deletérios na pele associados à exposição solar, tais como queimaduras, alterações imunológicas, ocorrência e exacerbação de doenças fotossensíveis, envelhecimento precoce e câncer de pele.
Os habitantes de países do hemisfério sul, como Austrália — onde o câncer de pele mata mais de mil indivíduos por ano, Nova Zelândia e Brasil, estão mais expostos à radiação solar UV que os habitantes de países do norte da Europa. O impacto dessa diferença na radiação na saúde da população é nítido, uma vez que a incidência e a mortalidade por melanoma na Austrália e na Nova Zelândia são , respectivamente, quatro e duas vezes mais alta que o norte da Europa.
Além disso, a exposição crônica à radiação UV tem causado rápido crescimento na incidência de câncer de pele não melanoma. Mais de 80% dos casos deste tipo de câncer ocorre em áreas do corpo que são frequentemente expostas à luz solar, tais como cabeça, pescoço, costas e mãos.
Há, no entanto, uma relação paradoxal na qual indivíduos que trabalham expondo-se frequentemente ao sol aparentam ter um risco menor de contrair melanoma quando comparados aos outros tipos de trabalhadores. A justificativa proposta é que a exposição intermitente à luz UV seja mais danosa que a exposição contínua.
No entanto, todos os indivíduos devem se proteger dos efeitos nocivos da luz solar através de medidas simples como:
- Utilizar roupas que protejam a maior superfície corporal possível;
- Procurar ao máximo a sombra;
- Evitar o sol entre as 10:00 e as 14:00h, quando ele a radiação é mais intensa;
- Utilizar fotoprotetores com fator de proteção alto ou altíssimo (FPS acima de 12).
Saiba mais:
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Ciência e Saúde [Online] / A. Presse France // Folha Online. – 07 de Janeiro de 2004. – 23 de September de 2007. – http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u10863.shtml.
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