Testes realizados pelo Inmetro
Em 1998, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) realizou o estudo Proteção Solar, no qual foram analisadas 10 marcas de fotoprotetores FPS 8. Deste estudo todas as 10 marcas tiveram resultados satisfatórios segundo a metodologia COLIPA e FDA.
Em 2002, após a publicação de Resolução RDC nº 237, que definia que a determinação do Fator de Proteção Solar deverá ser realizada aplicando-se estritamente uma das metodologias citadas anteriormente, foi realizado um novo estudo.
Naquele mesmo ano, foram analisadas 10 marcas (8 nacionais e 2 importadas) FPS 15. As análises apresentaram variações aceitáveis nos valores de FPS, considerando a subjetividade do método de análise, o intervalo de confiança do método e o tratamento estatístico dos resultados.
Levando-se em consideração que os ensaios são realizados para os raios UVB, de acordo com as metodologias validadas internacionalmente, observou-se que os valores de FPS acima de 10 oferecem bloqueio de 90% contra essa radiação.
A evolução do mercado de Proteção Solar
Os egípcios usavam óleos de mamona, jasmim e amêndoa extrato de magnólia. Já os gregos utilizavam uma mistura de óleo de oliva e areia.
O primeiro protetor solar propriamente dito foi desenvolvido pelo farmacêutico americano Benjamin Greene, em 1944, com o nome de Coppertone e essência de jasmim. O produto era à base de petrolato, de cor vermelha e bastante viscoso.
O químico suíço Franz Greiter desenvolveu o conceito de FPS em 1962. O primeiro filtro solar desenvolvido por ele tinha FPS 2, ideal para a época. Atualmente, o laboratório de Franz Greiter é uma empresa suíça pertencente à Johnson & Johnson.
No Brasil, o primeiro protetor solar foi lançado em 1984 pela mesma empresa, o Sundown, que trouxe consigo o conceito da importância de se proteger a pele do sol.
De acordo com uma pesquisa realizada pela L’Oréal Brasil em 2003, os protetores com FPS 30 ocupavam a liderança do mercado brasileiro. De 2003 a 2006, houve crescimento de 14% das consumidoras que usavam esse FPS no rosto, ao mesmo tempo que diminuiu cerca de 9% o número de pessoas que preferiam FPS 15.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil tem participação mundial de 9,2% no mercado de protetores solares, sendo o segundo mercado mundial. Apenas 3,4% do mercado nacional pertence a esta classe de produtos, sendo o FPS 15 o preferido pela população. A figura ao lado apresenta o faturamento do mercado de fotoprotetores em 2009.
Esta é a categoria de cuidados com a pele que mais cresce. Do mercado de Proteção Solar, 87,9% da receita total são dos protetores e bloqueadores solares.
O potencial de crescimento é ainda maior se considerar que apenas 30% da população utiliza fotoprotetores. Acredita-se que o preço elevado dos protetores solares seja o principal fator para sua baixa utilização pelos brasileiros.
A estimativa é que em 2011 as vendas alcançarão cerca de R$ 1,630 bilhão (US$ 748 milhões).
Os preferidos dos consumidores
A Johnson & Johnson, com a marca Sundown, é a líder da categoria e, em 2006, tinha aproximadamente 33% do mercado brasileiro. A Beiersdorf, com a linha Nivea Sun teve 13% de market share. Em terceiro lugar estava a linha Natura Fotoequilíbrio, da Natura, com 9% de participação.
Segundo dados do Euromonitor de 2007, a marca Sundown, mesmo sendo distribuída apenas no Brasil, está em sétimo lugar em vendas no mundo. Muito fácil de assimilar, pois o Brasil já é o segundo mercado mundial de Proteção Solar.
Mercado Europeu
O mercado de proteção solar da França, Itália, Alemanha, Espanha e Reino Unido estava apreensivo em 2008. Os mercados francês e italiano tiveram uma singela recuperação. O mercado alemão registrou queda tanto em volume quanto em valor. O Reino Unido registrou uma pequena diminuição em valor, mas nada muito preocupante. Enquanto na Espanha a indústria estava esperançosa após o breve crescimento em valor registrado em 2007.
Tem dúvidas?
Não entendeu alguma parte deste post ou de todo o Especial Verão 2010 do site Cosmética em Foco? Quer perguntar algo sobre verão, envelhecimento, câncer de pele, fotoprotetores, bronzeadores ou qualquer outro assunto relacionado a estação mais quente (e chuvosa) do ano? Então envie suas perguntas por email, Twitter ou comentário, pois teremos uma postagem exclusiva para responder essas perguntas no fim deste projeto.
Referências:
INMETRO. Protetor Solar. Acesso em 04/01/2010.
INMETRO. Protetor Solar II. Acesso em 04/01/2010
RIBEIRO, Cláudio. Cosmetologia Aplicada a Dermoestética. São Paulo: Pharmabooks, 2006. pp.82-3, 88, 109
NASCIMENTO, Mayla Siracusa. Proteção Solar: mercado quente. Edição Temática Proteção Solar, p.6-8, n. 7, Ano 2, Março, 2008.
RODGERS, Katie. Most Sun Care Marketers Look on the Bright Side. Happi, p.38-40, April, 2008.
E a estabilidade dos protetores? Foi testada? A oxibenzona é segura?
Camila,
o objetivo de relatar os testes do Inmetro foi mostrar que este órgão está preocupado com a nossa segurança e realiza as devidas análises para controlar os produtos que temos no mercado.
O protocolo completo dos testes está disponível nos links abaixo:
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/protetorSolar.asp
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/protetorSolar2.asp