A Soil Association’s, Estados Unidos, aboliu de seu certificado de produto orgânico, os produtos que continham nanopartículas sintéticas.
O uso de nanotecnologia em cosméticos tem crescido apesar do apelo dos cientistas e grupos de interesse por mais estudos, visto que é cada vez maior o número de produtos cosméticos com esse tipo de componente, especialmente os fotoprotetores e anti-sinais.
Ainda há muito a pesquisar sobre o assunto, mas não há qualquer evidência de que os consumidores se coloquem em risco ao utilizar tais produtos, como sugere a associação cuja afirmação se baseia na crença de que as nanopartículas sintéticas são mais perigosas que as similares naturais. “A preocupação da Soil Association’s refere-se às nanopartículas sintéticas (man-made), não nos referimos às nanopartículas naturais como a fulígem produzida por vulcões (a vida evoluiu com isso)”, divulgou a associação em 17 de janeiro deste ano.
Esse pensamento reflete o senso comum de que uma substância ou processo é mais perigosa se for sintética, muito comum entre os grupos ambientalistas e seguidores de estilos de vida naturalistas, confirmado pelos dados a seguir. No Reino Unido, 89% dos consumidores de produtos HPC (Higiene Pessoal e Cosméticos) disseram que evitar substâncias sintéticas era importante ou muito importante para eles. Os mais evitados são os parabenos, amplamente utilizados como conservantes por serem baratos e muito eficazes.
A indústria também soube se adaptar e explorar o conceito natural. De acordo com a Organic Monitor, as vendas mundiais de produtos orgânicos e naturais aproximam-se de US$ 7 bilhões e com previsão de atingir US$ 10 bilhões até 2010. Uma pesquisa recente da BCC Research estimou que o mercado global para cosméticos que utilizam nanotecnologia está avaliado em US$ 62 milhões e deve crescer 16,6% ao ano, atingindo US$ 155,8 milhões em 2012.
Opinião do autor: seguindo a tecnologia e as próprias crenças, as indústrias podem optar por uma fatia do mercado ou a outra. O importante é sempre zelar pelo bem-estar e segurança dos produtos que oferece.
Fonte: BIRD, K. Does natural really mean safer? Acesso em 05/02/2008