Uma junção das proteínas glutenina e gliadina, forma a tão atual e falada proteína glúten. Encontrada em sementes de cereais como aveia, cevada, centeio e trigo, essa proteína pode trazer ao intestino delgado de algumas pessoas danos, provocando assim prejuízos à saúde.
Algumas dietas da “moda” incentivam a erradicação do Glúten na dieta, o sucesso maior é devido a essa restrição ocorrer perda de peso em alguns indivíduos. Mas é evidente que quando se propõe a diminuir ou erradicar o glúten da alimentação, consequentemente a caloria ingerida irá diminuir, haja em vista que a pessoa dificilmente ingerirá massas, pães, bolos, grande parte de carboidratos e com déficit calórico ocorre a perda de peso.
Na nutrição clinica, evidenciada por estudos científicos, grande parte dos Nutricionistas não defendem as dietas que eliminam todo o glúten. Haja em vista a importância dos carboidratos como principal fonte de energia da dieta, fonte rápida de glicose que é o “combustível” para funcionamento do corpo, principalmente nosso cérebro.
Devido a alguns desconfortos gastrointestinais, sugerimos, ajudamos a adequamos a diminuição do glúten, uma melhor escolha do tipo de carboidrato, mas não é correta sua erradicação, exceção alguma doença relacionada e provocada por sua ingesta, como doença Celíaca ou intolerância ao glúten.
A intolerância ao glúten é um caso menos complexo em vista da doença Celíaca. Dá-se pela incapacidade ou dificuldade de digestão do glúten. Atualmente temos tratamentos de retirada e readaptação com pequenas quantidades de alimentos que possuem a proteína, também a repovoação de bactérias benéficas como lactobacillus que são normalmente presentes na mucosa e por algum motivo deixam de existir ou se diminuem na região, ou prebióticos (fibras) que devido a fermentação contribuem para crescimento dessas boas bactérias intestinais, fazendo com que a digestão do glúten seja regularizada.
Foto: Serge Bertasius Photography / FreeDigitalPhotos.net
A doença Celíaca já é mais “grave”. Também é considerada uma intolerância, porém além dos desconfortos gastrointestinais ela induz o sistema imunológico a “atacar” o intestino delgado sempre que tiver a presença do glúten. Ou seja, é como uma reação de expulsa do corpo a uma bactéria ou vírus. Neste caso, além de não poder se alimentar de nenhuma preparação que contenha aveia, cevada, centeio e trigo, nem os utensílios de preparado de alimentação do doente pode ter contato com esses ingredientes, mesmo que lave ou realize padrão de esterilização, se houver contato o corpo irá reconhecer isto e o quadro do paciente pode agravar. Alguns pacientes não podem nem sentir o cheiro, nem estar no mesmo ambiente em que contenham o glúten.
Sintomas da doença Celíaca
- Diarreia com perda de gordura nas fezes;
- Vômitos;
- Perda de peso;
- Inchaço nas pernas;
- Anemias;
- Alterações na pele;
- Fraqueza das unhas;
- Queda de pelos;
- Diminuição da fertilidade;
- Alterações do ciclo menstrual;
- Sinais de desnutrição.
Diante desses sintomas, que se não tratados podem levar o paciente a sérios danos e até a morte, os cosméticos sem glúten (gluten-free) ganham importância para pacientes celíacos e também aos intolerantes, visto que o simples contato com algum ingrediente que contenha glúten pode desencadear processos agudos no organismo.
Estamos falando em um espaço destinado a cosméticos, e o intuito além de saúde, também é visual e estético. A partir do momento que o individuo tem problemas relacionados ao glúten, um processo alérgico se desencadeará e as unhas, cabelos e, principalmente, a pele são sinalizadores e atingidos com esse processo. Erupções, vermelhidão, coceiras, dermatite herpetiforme podem ocorrer, daí a necessidade de atenção em casos de sintomas, pesquisa dos motivos, acompanhamento com profissionais infectologista, dermatologista, nutricionista e gastroenterologista.
O que você, leitor, acha dessa proposta de cosméticos sem glúten?
[su_note note_color=”#FFFFFF” radius=”2″]O Cosmética em Foco publicou um texto bem elucidativo sobre o glúten em cosméticos e os cosméticos sem glúten. Clique aqui para ler. Vale a pena![/su_note]
Eu nem sabia que cosmetico tinha gluten
Obrigado pelo comentário Douglas. Essa questão é bem delicada mesmo, se há ou não de fato glúten em cosméticos, mas a realidade é que há empresas explorando apelos do tipo “livre de glúten” ou “gluten free”.
Sou celíaca e para mim, os cosméticos sem glúten não são uma questão de escolha, mas sim de sobrevivência. A doença celíaca leva ao linfomA. Em tempo, produtos de limpeza, material escolar (massinha) e balões de aniversário tb tem glúten