O estudo de Natsch e Wasescha, publicado no último número do periódico científico International Journal of Cosmetic Science, investigou o efeito de uma gama de fragrâncias na irritação cutânea, concluindo que a sua inclusão nos produtos para cuidados pessoais podem melhorar a suavidade destes produtos.
Além de suas propriedades odoríferas, os óleos essenciais apresentam ainda as seguintes propriedades: antibacteriana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória e anti-irritante.
O estudo sugere que uma ampla faixa de fragrâncias apresentam propriedades anti-irritantes, mesmo em baixas concentrações, podendo ser utilizadas como estratégia para melhorar a suavidade do produto.
O grupo utilizou um modelo derivado de célula cutânea humana para testar o efeito anti-irritante das fragrâncias, a irritação induzida por radiação UVB e sais antiperspirantes.
Os pesquisadores concluíram que as fragrâncias podem ser adicionadas de 0,3 a 1,0% nos produtos antiperspirantes (a quantidade comumente utilizada) reduz significativamente a irritação local induzida pela prostaglandina PGE2.
Opinião do autor: mesmo que o estudo seja de pesquisadores da Givaudan, maior distribuidor mundial de fragrâncias, ele traz uma perspectiva positiva para os formuladores e para a população: o primeiro critério avaliado pelo consumidor no momento da compra (a fragrância do produto) pode ser sinônimo de menor irritação cutânea.
Saiba mais: NATSCH, A.; WASESCHA, M. Fragrance raw materials and essential oils can reduce prostaglandin E2 formation in keratinocytes and reconstitued human epidermis. International Journal of Cosmetic Science, v.29, p369-76, October, 2007.
Fonte: Bird, Katie. Anti-irritant properties of essential oils in antiperspirants. Disponível em: Acesso em 30/09/2007.