Está aí uma pergunta cuja resposta não é tão óbvia como muitos de nós gostaria. Mas antes de nos desesperar em busca de uma solução e debater para que lado a balança pende, vamos nos lembrar que protetores solares são apenas uma das medidas de proteção contra os raios ultravioleta (UV), e na verdade, nem são uma medida de primeira linha.
Um bom banho de sol é necessário para estimular o nosso corpo a produzir naturalmente a vitamina D e também proporcionar aquele bronzeado que muitos julgam atraente. Sem falar que a exposição a luz solar também afeta o nosso humor e até previne uma doença mental conhecida como Transtorno Afetivo Sazonal, muito comum em regiões de inverno prolongado. Por outro lado, a exposição exagerada e desprotegida à luz solar pode causar vermelhidão, queimaduras na pele, envelhecimento precoce, e câncer de pele – um dos tipos de câncer mais comuns.
Para se proteger dos efeitos negativos da luz solar, a medida mais eficiente ainda é limitar o tempo de exposição ao sol, especialmente entre os horários de pico de radiação (10h e 16h). Observar o índice UV na sua localidade também pode ajudar a planejar melhor seu tempo de exposição ao sol.
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Já a segunda linha de proteção é cobrir as áreas expostas ao sol com roupas e acessórios dotados de Fator de Proteção Ultravioleta (FPU), como óculos de sol, camisetas de manga longa, calças, chapéus etc. Lembre-se que peças com proteção solar adequada devem vir com um grau de FPU determinado de acordo com a norma técnica australiana AS/NZS 4399:1996 – a ANVISA ainda não regulamentou esses produtos no Brasil.
Porém, muitas vezes queremos, ou precisamos, propositalmente nos banhar ao sol. Entram então os protetores solares – loções, cremes, géis, sprays, pós, e bastões concentrados em princípios ativos que absorvem e/ou refletem a luz UV, filtrando a quantidade de radiação que atinge a nossa pele (filtros solares). A Organização Mundial da Saúde, as Sociedades Dermatológicas, e as agências reguladoras de saúde na maiorias dos países (como a ANVISA no Brasil e a FDA nos EUA) recomendam o uso de protetores solares como medida adicional de proteção solar e prevenção do câncer de pele. De fato, mais pessoas usam protetores solares hoje em dia que na década de 1970, quando a FDA regulamentou pela primeira vez esta categoria de produtos. Paradoxalmente, a incidência de câncer de pele continua crescendo ano a ano, de acordo com as estatísticas de observatórios como o INCA no Brasil ou o CDC nos EUA. Dados do CDC mostram que o número de novos casos de melanoma de pele mais que dobrou entre 1999 e 2016 nos EUA (de 40 mil para 82 mil ao ano). Por que será que os casos de câncer de pele continuam crescendo se mais e mais pessoas usam protetores solares?
Parece alarmante, não é? Mas não vamos tirar conclusões precipitadas meus caros Watsons, tá bem?
O risco de câncer de pele
Primeiramente, embora a estatística seja uma ferramenta extremamente importante em ciência, quando apresentada fora de contexto ela pode ser muito perigosa. A maioria de nós deve estar bem familiarizada com isso, afinal, a cada dois anos vemos candidatos políticos colocando dados fora de contexto para apresentar realidades alternativas. Mas no caso da incidência de melanoma e outros cânceres de pele, vale lembrar que a população mundial em 1970 era de aproximadamente 3,7 bilhões de pessoas. Hoje somos mais de 7 bilhões. O número total de casos de câncer de pele por ano aumentou, em parte, porque o número total de pessoas também aumentou. Mais pessoas no mundo, logo, maior a quantidade de pessoas sujeitas a desenvolver câncer de pele. Mas isso não explica tudo, explica? Não.
Como um cientista que já fez uma pequena contribuição para a pesquisa em proteção solar, posso dizer que nós pesquisadores não encontramos evidências para afirmar que protetores solares causam câncer de pele. Pelo contrário, há muitos estudos sérios e representativos que concluem que o uso adequado de protetores solares previne sinais do envelhecimento precoce e também o câncer de pele. Um estudo australiano acompanhou 1621 voluntários entre 1992 e 2006 e observou uma redução de 50% nas chances de desenvolver melanoma, bem como 73% menos casos de melanoma invasivo em voluntários que usaram protetores solares diariamente (FPS≥ 15). Portanto, há evidências de que, se usados adequadamente, os protetores solares funcionam para prevenir o câncer de pele. Mas ‘adequadamente’ é a palavra-chave neste caso!
Em contradição, um estudo feito na Suécia com 1484 indivíduos entre 1995 e 1997, mostrou que o uso regular de protetores solares não resultara em um risco menor de desenvolver melanoma. Os pesquisadores observaram que os voluntários que usaram protetor solar reportaram um maior tempo e frequência de exposição ao sol. Vale ressaltar também que neste estudo os voluntários usaram protetores com Fator de Proteção Solar (FPS) entre 2 e 25 (com uma média de FPS 6), o que é relativamente baixo para os parâmetros de hoje em dia. Ao final do estudo, os pesquisadores sugeriram que, ao induzir um maior tempo e frequência de exposição ao sol, o uso de protetores solares está associado à ocorrência de melanoma. Perceba que não é necessariamente o uso de protetor solar que causa o melanoma, mas sim o uso inadequado desta medida de prevenção. A mera aplicação de protetor solar parece gerar um sentimento de segurança que induz algumas pessoas a passarem mais tempo sob o sol. Mas se o protetor não for aplicado adequadamente, não se alcançará a proteção esperada.
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Conforme as recomendações mandatórias no rótulo, protetores solares devem ser aplicados no mínimo 15 minutos antes da exposição ao sol, e devem ser reaplicados a cada duas horas; especialmente em caso de exposição direta e prolongada (por ex.: quando na praia ou trabalhando sob o sol), ou após suar ou banhar-se no mar/piscina. O valor de FPS estipulado no rótulo é indicativo do tempo de proteção sob o sol. Quanto maior o FPS, maior a proteção, até que se alcance um limite máximo de proteção (em torno do FPS 60). Mas o FPS é determinado em laboratório em condições-padrões bem específicas, como a premissa de que se aplicou 2 mg de protetor para cada cm2 de pele. Portanto, em condições reais de uso, muito provavelmente o usuário não vai receber exatamente o nível de proteção especificado no rótulo. Seja porque o índice UV naquele dia estava anormalmente alto; ou porque o usuário não aplicou a quantidade ideal de protetor; ou mesmo porque esqueceu de reaplicar após se banhar, entre outras razões. Na verdade, há variabilidade do valor do FPS até quando laboratórios diferentes seguem o mesmo procedimento. Portanto, para que o protetor solar realmente funcione, é preciso seguir as instruções à risca e aplicar sem moderação (aproximadamente 30 mL para cobrir o corpo de um adulto, a cada aplicação).
Então, retomando a nossa questão: “Por que será que os casos de câncer de pele continuam crescendo se mais e mais pessoas usam protetores solares?”, outra explicação é que mais e mais pessoas usam protetor solar de forma inadequada. Se usados adequadamente, protetores solares funcionam muito bem. Para saber a melhor maneira de aplicar o protetor solar, siga fielmente as instruções no rótulo e converse com o seu dermatologista ou profissional de saúde de confiança.
Um terceiro motivo que não vamos explorar muito aqui seria o buraco na camada de ozônio, o que aumenta a intensidade de luz UV que incide no planeta. Embora a camada de ozônio esteja se recuperando, trata-se de um processo lento.
Protetores e a vitamina D
Ainda que a vitamina D possa ser obtida a partir da dieta ou de suplementação, a nossa pele é responsável pela produção de ao menos 80% da vitamina D que o nosso corpo precisa. Esta produção de vitamina D depende da exposição à radiação ultravioleta do tipo B. Então, muitos se perguntam se o uso de protetores solares que filtram a luz UVB pode levar à deficiência de vitamina D. Na verdade, depende.
Estudos mais recentes têm mostrado que, embora o uso de protetores solares de FPS mais elevados (FPS> 30) reduzam a quantidade de vitamina D encontrada na pele, a quantidade de vitamina D disponível na corrente sanguínea não é afetada significativamente. Há uma teoria de que o nosso corpo dispõe de outros mecanismos para produzir vitamina D quando a produção na pele se torna insuficiente. De fato, o nível de vitamina D no sangue é a medida de maior impacto biológico, pois é através do sangue que a vitamina D se distribui para o restante do corpo. Portanto, em condições normais de uso de proteção solar e de sensibilidade do indivíduo, é muito pouco provável que os protetores solares provoquem uma deficiência de vitamina D.
Contudo, alguns indivíduos já sofrem de uma deficiência de vitamina D independentemente da sua exposição ao sol. Nestes casos, para contrabalancear a menor produção de vitamina D, é recomendado recorrer à suplementação e dar preferência a protetores solares de menor FPS (menor que 30).
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Há também indivíduos que são supersensíveis à luz solar. Pacientes fotossensíveis têm maior risco de desenvolver câncer de pele, e por isso, quase que obrigatoriamente devem fazer uso simultâneo das 3 principais medidas de proteção solar (exposição mínima, FPU e FPS). Esta proteção solar mais rigorosa tem maior probabilidade de afetar os índices de vitamina D, o que pode requerer suplementação ou alterações na dieta desses sujeitos.
Em resumo, a ciência de hoje sugere que para a maioria das pessoas é preferível usar protetores solares e prevenir o câncer de pele, que deixar de usar proteção por receio de insuficiência de vitamina D. Converse com o seu dermatologista para saber qual a melhor medida que se aplica ao seu caso!
De qualquer forma, muitos autores têm buscado otimizar o desenvolvimento de formulações solares para que permitam a produção de vitamina D, ao mesmo tempo que protejam a pele contra os efeitos danosos da luz UV. É de se esperar que os protetores fiquem cada vez mais inteligentes.
E quanto a outros riscos de saúde?
O uso contínuo de protetores solares, especialmente porque são aplicados por todo o corpo, gera questionamentos quanto a sua segurança em geral. Será que a nossa pele absorve a química que filtra a luz solar? Será que isso pode ter consequências?
Na maioria dos países, os protetores solares são tratados como produtos de cuidados pessoais e estão sujeitos a menos exigências sanitárias que os produtos farmacêuticos. Os EUA é uma exceção a esta regra, já que lá os protetores são considerados medicamentos de venda livre (sem tarja). Por muitos anos, os ativos dos protetores eram considerados como ‘comumente designados seguros’. Porém, sob a luz de novos estudos, a FDA questionou esta classificação e tem se preparado para exigir novos estudos mais rigorosos sobre filtros solares que já estão no mercado há mais de 40 anos.
No dia 29 de janeiro de 2020, em um encontro de profissionais da Sociedade de Químicos Cosméticos de Nova York, o Dr. Edward Bashaw, representando a FDA, afirmou que a agência continua recomendando o uso de protetores solares, mas que precisa de mais informações antes de poder afirmar que esses produtos são absolutamente seguros para uso nas condições atuais. Foi reconhecido o grande benefício que os protetores oferecem ao prevenir o câncer de pele, no entanto, estudos encomendados pela FDA mostraram que filtros solares usados nos EUA permeiam a pele e chegam à corrente sanguínea em quantidades maiores que o que se esperava. Neste momento, a posição da FDA é que se precisa de mais estudos para poder afirmar se esta absorção de filtros solares pode ter consequências indesejáveis ou não.
A literatura científica já vinha sugerindo que alguns filtros solares, como as benzofenonas, eram capazes de permear a pele e chegar ao plasma sanguíneo. Mas um estudo da FDA publicado em janeiro de 2020 expandiu o nosso entendimento sobre este fato, ao testar 4 formulações comerciais de protetores (1 loção, 2 sprays e 1 aerosol) contendo até 6 filtros solares sintéticos (INCI: butyl methoxydibenzoylmethane, benzophenone-3, octocrylene, homosalate, ethylhexyl salicylate, e/ou ethylhexyl methoxycinnamate). Os voluntários foram divididos em 4 grupos, de acordo com o tipo de formulação, e os protetores foram aplicados por 4 dias em 75% da superfície corporal, sendo uma aplicação no primeiro dia, e quatro aplicações nos dias restantes (de duas em duas horas). Já no primeiro dia notou-se que todos os filtros foram encontrados na corrente sanguínea acima do limite considerado inerte pela FDA (0,5 ng/mL). Alguns filtros permaneceram na corrente sanguínea por vários dias, como o octocrylene por 10 dias e a benzophenone-3 por 21 dias. Nenhum efeito adverso sério foi observado durante o estudo, porém ainda não é claro quais os efeitos desta exposição no longo prazo.
Certamente, esses resultados vão impactar o modo como a FDA, e talvez outras agências reguladoras, avaliam protetores solares. Nos EUA hoje, apenas dois filtros solares minerais são designados comumente seguros: o dióxido de titânio (TiO2) e o óxido de zinco (ZnO). Porém, segundo o Consumer Reports, uma organização independente e sem fins lucrativos, nos últimos seis anos em que eles testaram produtos disponíveis no mercado americano, não foram encontrados protetores solares com filtros 100% minerais que ofereçam proteção adequada contra os raios UVA e UVB ao mesmo tempo.
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Mas a confusão não acaba aí. Enquanto a FDA considera os filtros minerais seguros, a Comissão Europeia recentemente determinou que o TiO2 seja classificado como um carcinógeno potencial de categoria 2, se inalado. E produtos em pó que contenham mais de 1% deste material devem vir com avisos sobre o risco de câncer das vias respiratórias. Já líquidos e sólidos que contenham TiO2, como os protetores solares, também deverão vir com informações de precaução. Contudo, esta decisão da Comissão Europeia não foi baseada em evidências científicas novas. É certo que materiais particulados (não só o TiO2) podem causar danos aos pulmões se inalados, mas até o momento não há uma associação comprovada entre esses danos e o uso de protetor solar não-spray contendo TiO2.
E como fica isso no Brasil? Os mesmos filtros solares também estão disponíveis no Brasil, mas a vantagem do mercado brasileiro é que há uma variedade maior de filtros solares aprovados pela ANVISA. A ANVISA costuma ter mais afinidade com a regulamentação europeia, e alguns dos filtros solares mais modernos, proibidos nos EUA (ex.: drometrizole trisiloxane, bis-ethylhexyloxyphenol methoxyphenyl triazine etc.), podem ser usados na Europa e no Brasil. A teoria defende que os filtros solares mais modernos são moléculas de tamanho maior, com características físico-químicas que dificultam muito a permeação na pele e, portanto, são mais eficientes e seguros. Até o momento, os poucos estudos disponíveis na literatura sobre estes filtros mais modernos respaldam a teoria, mas para a FDA, os fabricantes ainda não entregaram dados suficientes de absorção cutânea, toxicidade sistêmica, e efeitos potenciais sobre o sistema endócrino. Já para a ANVISA, os protetores solares formulados com filtros UV listados na RDC nº 30/2012 são tidos como seguros e eficientes.
De qualquer forma, protetores solares com filtros UV modernos ou não, estão no mercado há muitas décadas e até hoje não há evidências concretas que os associem a algum risco de saúde. Talvez, os benefícios dos protetores solares sejam mais importantes que os riscos desconhecidos. Mas se você prefere prevenir, vale lembrar que há outras medidas de proteção solar disponíveis (exposição reduzida e roupas com FPU).
Mas e o meio ambiente?
Talvez você já tenha visto o termo “protetor solar seguro para recifes de corais” em algum lugar. Se ainda não viu, certamente verá em breve. O problema é que ainda não há evidências concretas de que filtros solares sejam danosos ou seguros para a vida marinha.
Recifes são muito importantes para o ecossistema aquático e também suportam o ecoturismo marinho. No entanto, estudos recentes realizados in vitro em laboratórios têm mostrado que alguns filtros solares (benzophenone-3, 4-methylbenzylidene camphor, octocrylene, e ethylhexyl methoxycinnamate) podem promover o branqueamento e a perda de vivacidade dos corais, além de estarem presentes em quase todas as reservas de água pelo mundo. Com mais pessoas usando protetor solar, isso pode se tornar um problema ambiental caso realmente seja encontrada uma associação entre o uso de protetor e o impacto marinho. Mas esta teoria ainda não foi bem estabelecida.
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Os estudos realizados até agora têm pouca representatividade estatística e faltam evidências. Além disso, muitos cientistas acreditam que há outros fatores com maior peso na sobrevivência dos corais, por exemplo, o efeito cumulativo das mudanças climáticas. Portanto, este pode ser mais um caso em que os benefícios dos protetores solares sejam maiores que os riscos desconhecidos. Na dúvida, há bastante opções de protetores que não contêm os filtros mencionados nestes estudos. Mas, na realidade, ainda não sabemos se há de fato algum filtro seguro ou danoso à vida marinha.
O que fazer?
Infelizmente, nem sempre ciência, legislação, e interesse comerciais andam juntos. Muito possivelmente ainda vai levar anos e anos para entendermos melhor tudo isso e responder a essas dúvidas de forma ‘adequada’.
Enquanto isso, converse com seu/sua dermatologista sobre as medidas de proteção solar mais apropriadas para você. A ciência é algo que está sempre em evolução e leva-se muitas décadas para se ter certeza de nível científico. Enquanto esta certeza não chega, cabe a cada um de nós encontrar o equilíbrio que nos faz mais sentido.
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