Tendências para nanotecnologia

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Trata-se da grande tendência da indústria cosmética que traz consigo esperanças e um universo de oportunidades de novos produtos e apelos de marketing. Entretanto, um outro lado da nanotecnologia vem dominando as notícias internacionais, levantando várias questões sobre os potenciais efeitos adversos ou toxicidade a longo prazo. O que resulta em receios e medos quanto ao uso de partículas tão pequenas.

Um site especializado voltado aos formuladores de cosméticos realizou recentemente uma pesquisa mundial e os resultados encontram-se resumidos abaixo.

Uma maioria de 43% dos pesquisados disseram já utilizar ou estarem na iminência de utilizar alguma forma de nanotecnologia. Outra grande parte deles (37%) mencionou sua intenção em utilizar nanotecnologia, mas sob a premissa de mais documentação a respeito. Surpreendente foi a declaração de 9% dos entrevistados que não querem utilizar este tipo de tecnologia.

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Na Europa não há medo, mas os formuladores precisam ser convencidos. A metade deles (50%) está aberta ao uso de nanotecnologia, mas pedem mais informações, pois para eles ela deve agregar e comprovar o valor de seus produtos. A Ásia se mostrou o continente mais aberto ao uso de tais tecnologias, enquanto os países do NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) – Canadá, México e Estados Unidos, foram os mais criteriosos com um quinto dos pesquisados enxergando atualmente mais desvantagens que benefícios.

Separando por aplicação, metade dos formuladores disseram utilizar nanotecnologia em produtos para a pele e protetores solares. Em produtos capilares, 43% gostariam de obter mais informações para verificarem se podem arcar com os custos no desenvolvimento dos produtos. Pois se nanopartículas podem melhorar a proteção da cor e reparar os danos dos cabelos, também se sabe que nem todos os tipos de produtos para os cabelos tem orçamento para incluir essa ciência.

Opinião do autor: esta discussão está longe de acabar, e mantenho a minha opinião emitida na postagem “O natural é realmente mais seguro?”

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Fonte: TRINQUART, B. Trends for Nanotechnologies.

Por Gustavo Boaventura

Criador e Diretor de Conteúdo. Farmacêutico Industrial pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Especialista em Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos Cosméticos. Mestre em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com foco no consumo de cosméticos masculinos. Bacharel em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Experiência em Pesquisa & Desenvolvimento de produtos capilares. É o idealizador e criador do Cosmética em Foco e escreve desde 2007.