Testes de segurança em produtos infantis

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Recebemos diariamente várias perguntas de leitores do Cosmética em Foco. Como algumas acabam se repetindo, achei que seria interessante começar a publicar algumas dessas perguntas aqui. Então, inauguramos hoje uma nova coluna chamada “CFoco Responde”.

Pergunta: Como podemos comprovar a segurança de um produto infantil sem fazer testes em animais? Já existe alguma metodologia aprovada pela Anvisa?

Até o momento, não há imposição ou exigência legal que impeça o uso de testes em animais. Conforme consta no Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos da Anvisa: “Os animais de laboratório deverão ser utilizados sempre que não existam métodos alternativos validados que os substituam ou, em casos específicos, após screening com métodos in vitro e/ou matemáticos validados, precedendo, dessa forma, os estudos clínicos”.

Foto: Morguefile.

No entanto, seguindo a tendência mundial de eliminar de vez os testes em animais para produtos acabados, o que várias empresas fazem é realizar primeiro testes in vitro. Então, depois de aprovados, os produtos são testados em humanos adultos.

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De acordo com o Dr. Cassiano Escudeiro, do Instituto de Pesquisa Integrada, IPClin, a Anvisa aceita os estudos em adultos tanto dermatológicos (para o apelo “dermatologicamente testado”) quanto oftalmológicos (para apelo “oftalmologicamente testado” ou “sem lágrimas”), apesar da diferença fisiológica entre adultos e crianças. “A criança possui a pele e olhos mais sensíveis. Mesmo assim a Anvisa prefere não expor crianças as testes, exceto no caso de um creme para assaduras”, explica Cassiano.

Agradeço ao Cassiano pela colaboração e aos leitores por confiarem no Cosmética em Foco. Continuem contando conosco e até o próximo CFoco Responde.

Por Gustavo Boaventura

Criador e Diretor de Conteúdo. Farmacêutico Industrial pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Especialista em Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos Cosméticos. Mestre em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com foco no consumo de cosméticos masculinos. Bacharel em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Experiência em Pesquisa & Desenvolvimento de produtos capilares. É o idealizador e criador do Cosmética em Foco e escreve desde 2007.